A PEDIDOS...

Atendendo a pedidos, vou reeditar aqui o post que a S. escreveu sobre a Fran em abril, antes do BBB acabar... Tá lindo e é exatamente o que a gente acha dela

Pq como diz o nome do blog, WE LOVE FRAN!

Escrever sobre a Fran é fácil e difícil ao mesmo tempo. É fácil porque tem tanta coisa pra dizer sobre ela, ela é tão querida, eu acabo escrevendo mesmo inconscientemente em posts que nem eram pra ter a ver com ela; e é difícil porque, cara, como definir o indefinível? Ok. Vamos concordar que todo mundo adorou a Fran de cara. A Fran já chegou destruindo qualquer imagem que a gente pudesse ter dela pela foto e impressões gerais iniciais a respeito daquela cara embonecada.Tá ali a criatura. Aquele mulherão, toda arrumada na entrada do programa, toda cheia de postura, Miss isso e Miss aquilo. Podia ser uma fresca insuportável. E aí, já na primeira noite, ela nem liga por ter caído no lado "pobre" da casa, se joga numa bacia de água, e, como o próprio Bial comentou, se diverte mais que o povo do Lado A na piscina de verdade.

Eu duvidei da Fran algumas vezes, assim como várias pessoas. Como alguém podia usar aquele laçarote imenso na cabeça e falar aquelas besteiras todas e dançar daquele jeito desencontrado o tempo todo? Existe mesmo isso no mundo real?
Cara, existe. Agora eu tenho vontade de me estrangular por ficar julgando enquanto ela dava aulinhas de natação para o Nonô na última tarde dele na casa. Porque na época eu pensei que era jogo, que ela achava ele forte e queria fazer média ou sei lá o quê. Mas não, esse não é o tipo de coisa que a Fran faz. Ela ficou do lado do Nonô nos últimos dias dele porque ela gostava mesmo dele, e porque não queria que ele ficasse sozinho. O resto da casa deixou ele se isolar, até usou isso como justificativa de voto, e a Fran foi lá, deixando todo mundo com cara de interrogação ao se posicionar firme e forte do lado dele, da mesma forma que, tirando uns períodos de crise, ela continua do lado do Max, mesmo que ele mesmo pense que é o vilão da edição, e que o resto da casa fique dando indiretas sobre o relacionamento com o Max ser prejudicial pra imagem dela no jogo. Porque, para a Fran, o que ela sente é mais importante que a imagem que ela está passando. Ela para, pensa e se preocupa de vez em quando, mas o sentimento sempre acaba prevalecendo.

A forma de jogar da Fran é que nem ela- completamente descoordenada. Ela não traçou nenhuma estratégia mirabolante para estar ali, geralmente fica quieta durante grandes discussões sobre jogo e permanece sendo ela, gostando de quem ela gosta e deixando isso mais do que claro e pronto. E aí de repente ela tem umas sacadas geniais e enxerga melhor o jogo do que quem esteve o tempo todo fazendo cálculos mentais.
Numa das perguntas do dia sobre a qualidade que cada um mais reconhecia em si mesmo, a Fran disse intuição. E eu sorri. Porque eu já tinha começado um post sobre a intuição da Fran uma vez. A intuição infalível que é o que tem guiado a Fran no jogo até agora.
E aí dizem que ela é doida, que é paranóica, que vê maldade onde não tem, que coitadinha da Maíra, nunca fez nada de errado. Não. A Fran (e a Milena) enxerga tudo diferente sim, mas é porque ela percebeu coisas que os outros não foram capazes de perceber.

Sim, a Fran é influenciável. E a gente entra em pânico aqui toda vez que ela entra nessas rodinhas cheias de palpites e intenções duvidosas. Porque colocar minhoca na cabeça da Fran é fácil. Primeiro a gente não sabe se ela está escutando mesmo, com aquele olhar vago dela fixado no nada. Mas depois a gente percebe que ela ouviu, assimilou e, quando a gente vê, já fizeram a cabeça dela. Mas de que adianta fazer a cabeça de quem é só coração?
Isso é uma das coisas que eu mais adoro na Fran. Ela pode ouvir e absorver muitas das coisas que dizem pra ela, até mesmo sair por aí declamando um discurso que nem é dela, mas depois ela enxerga o que é realmente importante pra ela e segue o coração, mesmo que tenha que ir contra tudo e contra todos pra isso.
A Fran se perdeu no jogo, sim. Incontáveis vezes. Mas o importante é que ela sempre se encontra de novo.

O que eu percebo em todos os outros participantes é a tentativa constante de justificar erros ou de reverter a situação, apontando os erros dos outros para compensar. A Fran é possivelmente a única que admite quando errou (e às vezes assume a culpa quando nem era a única a errar), volta atrás e tenta corrigir as coisas.
A Fran é praticamente um fenômeno da natureza. Um turbilhão de emoções que pode ir para qualquer direção em segundos. Sua loucaaaaaaaaaaaaa. Totalmente pentapolar mesmo.

Sim, ela é repreendida o tempo inteiro por isso. Porque é passional demais, porque não se controla e sai dizendo o que pensa, e reclama de tudo o que ela julga errado, e acaba virando alvo dos outros com isso. Mas, embora todo mundo lá dentro pense que isso é prejudicial, essa é uma das coisas que mais me fez gostar da Fran (talvez porque eu não tenha muito isso de ter coragem de dizer tudo na cara no calor do impulso- eu sou bem mais Max nesse aspecto, comedida e racional e tal), o modo como, sem medo de julgamentos, ela se entrega à emoção do momento e se guia totalmente pelo coração.

Cara, a Fran é louca. Eu perdi a conta de quantas vezes eu vi ela falando ou fazendo alguma coisa e cobri o rosto com o travesseiro, pensando "Nossa, que pessoa completamente ensandecida, NUNCA que eu faria uma coisa dessas". Mas não tem ninguém mais divertido que ela. A casa, agora com poucos participantes, é um marasmo total enquanto a Fran está dormindo. Mas quando ela acorda, ela pode estar sentadinha na xepa contando uma história qualquer, e eu não consigo não assistir. Trabalho da faculdade, a janta, o banho, a hora de dormir... Tudo vai ficando adiado, até que eu (e o Dan também, que eu sei) me encontro numa rotina completamente caótica e guiada por Big Brother, e nossos amigos todos só sabem nos xingar e dizer que nós somos dois viciados completos. E somos. Mas só quem acompanha que nem a gente sabe o quanto a gente se diverte com aquela criatura.

Minha mãe costuma dizer que a Fran é uma menininha. Uma menininha meio doida, a bonequinha psycho killer, mas, ainda assim, uma menininha. Porque nela, sim, eu vejo ingenuidade. Ela sempre acaba acreditando nas pessoas, enxergando mais o lado bom delas, alheia a certas artimanhas destrutivas se desenrolando bem na frente dela.
E, mesmo tendo material pra fazer draminha, a Fran não apela. A maior prova disso é que ela podia ter entrado na casa alardeando suas histórias tristes, falando sobre a ausência do pai na vida dela, e ela preferiu esconder, falar superficialmente, fingir que estava tudo bem. Ela não está lá pra comover ninguém com história prévia triste. Não é assim que ela quer jogar lá dentro.
Ela é de uma generosidade assustadora. A alegria genuína que ela sente pelas pessoas que ela gosta é clara, não dá pra fingir uma coisa dessas. A forma com que ela torce pelos outros, como ela defende os amigos (mesmo que eles não queiram ser defendidos =P) e acaba colocando as vontades de quem ela ama acima das dela mesma é uma das coisas mais bonitas que eu já testemunhei num BBB.
A Fran é, sim, teimosa, ciumenta, carente, descontrolada, insegura, impulsiva. Mas ela também é fofa, simples, transparente, espontânea, carismática. A menos que a pessoa NÃO QUEIRA enxergar isso, não tem como não amar a Fran.

É por isso que ela chega à última semana de programa como a mais querida lá dentro pelos outros três participantes restantes na casa. Não é nisso que deveria consistir o termo Big Brother? Alguém que foi do bem com as pessoas, querido e fiel aos amigos? Como diria Alvo Dumbledore (tava demorando pra eu citar Harry Potter nesse blog... =P), o amor é a arma mais poderosa. E aqui a gente tem uma menina que chegou tão longe no jogo só com isso.
Anyway... Eu sei que o jogo está provavelmente definido e que nada do que eu escrever vai mudar alguma coisa. Mas fica aqui a minha análise dessa pessoinha fascinante com cara de estrela de cinema antigo (não consigo olhar pra minha camiseta da Audrey Hepburn sem lembrar dela, sério mesmo) e espírito de moleca, que nos fez rir e chorar, nos ensinou que fazer umas coisas meio doidas de vez em quando faz mais bem do que mal e que não tem nada de errado em errar e voltar atrás. É por isso que nós amamos a Fran e que a nossa torcida é dela até o final.

Post do dia 01/04/09