Calma agora

Tá. Vamos lá.
Eu não tava ligando para o paredão de ontem, principalmente depois do barraco todo que ocorreu mais cedo. Tava tudo meio girando em torno disso, ainda, não tinha clima para paredão.
Os únicos que realmente se envolveram com isso foram os emparedados e os mais próximos deles, ou seja Ralf e Milena, Ana e Naná. Teve aquela choradeira apelativa antes e tudo, whatever.

Eu nem vou falar da manipulação descarada de ontem porque todo mundo já escreveu sobre isso, e sobre os números e tal. E porque eu não tô aqui pra falar no que ocorre aqui fora, mas nas repercussões lá dentro. Só acho que, se eles iam manipular, que pelo menos tivessem a DECÊNCIA de não contar que a votação tava apertada e tal. 64% não é apertado, me desculpa.

Anyway... Apesar de ninguém estar pensando muito em paredão, a eliminação do Ralf foi um choque ali dentro.
O Lado B já tinha declarado na véspera que, se o público queria ver jogo sério, de gente grande (e é claro que se apoiaram nos discursos do Bial pra isso), o Ralf ficava na casa com certeza.
Aí o Ralf saiu.
E todo mundo foi imediatamente para a suposição de sempre, de que a Ana é forte por causa da relação com a Naná. Eu acho mesmo difícil para o povo lá de dentro enxergar que a menina mimada e histérica esteja carregando a vovozinha engraçada nas costas e não o contrário. Acho que a Fran foi a única que percebeu, já no paredão anterior da Ana, quando ela disse que, se a Ana ficasse naquele, não saía mais da casa.
É por isso que eu digo que a Fran não é burra. Nunca achei isso. Mesmo porque ela tinha as melhores sacadas já na primeira semana.

De qualquer forma, a saída do Ralf abalou as coisas todas.
A Milena por motivos óbvios. E não sei, pela conversa da madrugada, talvez ela comece a atribuir a culpa pela saída do Ralf ao Max. O que seria mais uma rachadura nas estruturas do Lado B. Não sei dizer, vamos aguardar.
Max e Flávio (e a Pri, que é tipo aprendiz deles no jogo), que viam o Ralf como igual em estratégia e visão de jogo, não sabem mais o que fazer. Se permanecem com a postura inicial ou se abandonam o jogo e simplesmente aproveitam lá dentro. Ficam debatendo isso o tempo todo e não sei se chegaram a uma conclusão até agora. A Fran sem entender por que eles resolveram abandonar o jogo agora. "Todo mundo desistiu do sonho?", ela pergunta.
Nao sei bem o que vai mudar com isso. Mudar de estratégia no meio do jogo é arriscado, mas, ao mesmo tempo, se seguir a emoção significa se posicionar mais, eu apóio totalmente.
E aí tem a Maíra. Se achando super forte e cheia de razão porque a Ana ficou. Achando que a torcida dela ajudou a Ana a ficar (QUE torcida, gentem?) e tal. Toda confiante de que tá todo mundo comprando a história dela. Tão confiante que passou o dia inteiro falando mal de todo mundo com a Josy. Não poupou ninguém. Tá se achando A Justiceira do programa.

E eu não vi a edição (porque não possuo um televisor, não sei se já mencionei isso), mas parece que não mostraram nada disso. Mostraram a Fran de louca que odeia a outra gratuitamente e não mostraram a Maíra detonando todo mundo, toda dona da verdade.

Sim, é injusto.
Sim, eu estou revoltada.
Mas vou fazer o quê? Chorar as pitangas? Isso vai levar a alguma coisa?
Tudo o que a gente pode fazer é continuar com o apoio, pessoinhas. Não se deixar manipular e seguir adiante. E compartilhar a versão completa das coisas com os outros sempre que possível.

E o momento mais cômico do dia, pra mim.
A Fran ensaboou as duas pernas inteiras para raspar no banheiro. Aí chegou a Maíra e ficou circulando em volta dela, procurando alguma coisa. Rodeava, rodeava, fingia que a Fran nem estava lá. Eu juro que eu tremi com medo de mais uma reação exaltada. Mas a Fran não teve dúvidas. Saiu andando com as pernas inteiras ensaboadas, foi para o quintal, pegou um balde e raspou as pernas lá mesmo.
Como ela própria disse pra Pri mais cedo, sobre ela ter aprendido no BBB que coisinhas pequenas se juntam e formam uma coisa grande... Tá aí. São esses little moments que me fazem continuar assistindo esse programa, por mais revoltante que seja.