Aaaaaaargh!

Atenção: Esse post provavelmente não faz o menor sentido, porque eu saí para a aula duas vezes e cochilei uma durante o processo de escrever. Parte de mim tinha esperanças de que tudo se resolvesse antes de eu terminar, pra eu não ter que continuar escrevendo. Deve estar tudo fragmentado e sem sentido, mas whatever, agora vai assim mesmo.

She's his yellow brick road

Leading him on

And letting him go as far

As she lets him go

Going down to nowhere

She puts on her make-up

The same way she did yesterday

Hoping everything's the same

But everything has changed...

Ninguém vai ter paciência pra ler todo esse troço. Bom, talvez a mom, porque mães fazem essas coisas.
(Acho mesmo bom que ninguém leia porque eu escrevi, escrevi e escrevi e não sei se consegui ser coerente nem chegar onde eu queria com isso)

Antes de mais nada, eu gostaria de agradecer imensamente ao meu amigo Danoninho pelo post cheio de generalizações a respeito das mulheres.Tá bom. Em geral, mulher é fresca, histérica, exagerada e whatever. Mas homem geralmente não tem a mesma sensibilidade de mulher, e é por isso que a coisa toda não faz o menor sentido.

MAS A GENTE PENSA SIM!!!!!! u.u

Não, eu não vim aqui para defender a Fran e chorar as pitangas dela, e eu não vou dizer que ela não foi infantil nem nada... porque ela foi. Absurdamente. Eu vim tentar entender o que está acontecendo dos dois lados. Não vai ser exatamente fácil, porque os dois são os mais enrolados ever e porque eu não assisti tudo ontem, já que, boa tarde, eu tenho que acordar às sete da manhã todos os dias (hoje acordei umas seis e meia com câimbras. Agradável). Mas ok, vamos lá.

É engraçado que eu passei um mês inteiro protestando que If I Were A Boy era a trilha sonora MAIS ERRADA EVER para Max e Fran, e agora até faria sentido. Porque meninos nunca vão entender meninas, e sempre vão achar que nós somos um bando de doidas varridas, e vão tentar racionalizar o que não pode ser racionalizado, e encontrar uma resposta prática para as coisas. Nem sempre tem uma resposta prática quando a gente tá machucada. A gente sente e às vezes nenhum argumento, por mais bem elaborado que seja, consegue fazer a gente deixar de sentir.

É aquela coisa. Homens e mulheres têm jeitos diferentes de encarar as coisas. Isso é universal. A gente pode ficar se xingando e guerreando eternamente por isso e ninguém vai ceder.

Vamos lá outra vez. O Max é meu preferido e eu estou torcendo por ele e tal. Mas tem uma coisa me incomodando nele desde o show do Jota Quest, que é o modo como ele se transforma e se deslumbra fácil com a primeira novidade que aparecer. Naquele dia passou rápido, foi só acabar o show. Mas os bolhas, agora. Eu não consigo entender direito se é técnica de jogo, se aproximar e ficar amigo de todo mundo, ou se é a fascinação absurda pelos mecanismos e surpresas do BBB que consome o Max desde sempre. Só sei que, nessas horas, ele se empolga e se transforma. E nessas horas eu não gosto dele. Quando ele fica egocêntrico e moleque. Eles na casa têm costume de falar "Isso foi muito sexta série" e tal. Pelo que eu observei por aí, todo homem é sexta série de vez em quando, com piadinhas imbecis e ignorando todo o resto do mundo. Sexta série never ends. E eles acham que "Que que tem? Não tô ferindo ninguém com isso". Mas irrita profundamente, isso eu posso afirmar.

Mas aí, quando o Max é todo grown up e argumentativo e cordial e cute, eu me rendo totalmente. Não sei se essa parte é só pelo jogo. Não vou entrar nesse mérito. Só estou dizendo o que me faz gostar dele.

Na verdade, o fato é o que eu estava discutindo com Danoninho ontem. Eu provavelmente não teria gostado tanto do Max se ele tivesse seguido o que disse na entrevista e não tivesse ficado com ninguém na casa. Tá, ele ainda ia ser engraçado e inteligente e tal. Mas o que fez dele endearing de verdade foi o relacionamento dele com a Fran e o modo como ele foi paciente e bonzinho e fofo com ela inicialmente.

Agora, a Fran. Eu sou mais nova que a Fran, mas eu não consigo não ver a Fran como criança. Não só porque ela se veste que nem uma bonequinha doida, mas porque ela é mesmo meio criançona. As brincadeiras, o jeito dela. E o próprio povo da casa trata ela assim. Tipo quando ela fala alguma abobrinha bem absurda e todo mundo olha ternamente pra ela e fala "É, isso" que nem pais pra uma criança de 4 anos falando sobre Papai Noel.

A Fran sempre falou e fez o que bem entendia, mas todo mundo sempre relevou. Ela era tipo a café com leite da casa. E ela é um pouco café com leite pra mim também, eu não consigo ficar revoltada por muito tempo.

E aí tem o fato de que ela se apaixonou. Ela nem precisava ter falado para a Ana ontem, já estava óbvio nos olhos dela faz mais de uma semana, no modo como ela ficava feliz, pelo ciúme descontrolado e pelo modo como ela o procurava o tempo todo. Ela já nem negava mais, quando os outros diziam. E ela ficava, no meio das brincadeiras, tentando, de todas as formas, arrancar uma resposta dele. Alguma coisa pra ela se sentir segura, não se atirar do abismo (que O Clone, isso... Huhauahuahaua) sem saber o que ia encontrar lá embaixo. E aí ele disse, mas ela se assustou e mudou de assunto. Eu sei que deu raiva, eu mesma estava quase atirando objetos pelos ares, mas eu sou muito mais concha do que ela, e eu sei a importância do tempo pra estabilizar o turbilhão dentro da gente nessas horas.

Sim, foi infantil a Fran começar a chorar por causa daquela provinha tonta ontem. Mas eu me vi ali, um pouco. Quem nunca teve dois amigos e de repente viu os dois de segredinho ou piadinha interna, e sentiu aquela pontadinha no peito, e pensou "Puxa, por que eles me excluíram disso"? E pior ainda, considerando que ela tá in love, só estava esperando se sentir segura o suficiente pra admitir, e de repente ela sente que, para a pessoa mais importante pra ela, talvez ela não seja a pessoa mais importante (nem saiu enrolada essa frase, né? Espero que tenha feito sentido).

Tá certo que eu provavelmente não reajo daquele jeito desde, sei lá, a oitava série, mas eu entendi o sentimento.

É que nem aquela cena de Everwood em que eu chorei copiosamente, quando o Ephram diz pra Amy que "I can't keep being your second choice. Not when you're my first". Porque dói, sabe? Ainda mais quando se está confinada numa casa e não existem muitas outras opções para fugir.

Mas o que MAIS me revolta é que nada disso teria acontecido se tivessem levado ela a sério de cara. Era birra? Era, cara, mas ela tava sentindo aquilo de verdade, e tudo o que ela queria era um gesto de afirmação deles, pra ela se sentir querida lá dentro, mas aí ficou o quarto inteiro sem levar a sério, rindo e mudando de assunto. E eu acho que foi aí que a coisa tomou proporções maiores.

O abraço na lavanderia foi acertado, mas foi atrasado. E até ali, parecia que estava tudo calmo. Talvez discutir e apontar tudo na cara dela NAQUELE MOMENTO tenha piorado tudo, também.

A figura na cabeça dela é maior do que a prova e as placas que ela ganhou e deixou de ganhar. Aquilo já vinha borbulhando na cabeça dela há algum tempo. Mas, do jeito que ela expressa e bate na mesma tecla, fica parecendo, pra eles, que ela está achando tudo isso se baseando UNICAMENTE na prova. E aí fica fácil derrubar qualquer argumento dela.

O grande problema da Fran é que ela desvia o foco. Em vez de focar no principal, ela se prende a um detalhe idiota e parece que ela está brava por causa só daquilo, e ela insiste até ficar ridículo.

Não sempre. Às vezes a Francine acerta em cheio. Quando ela disse que o Nonô era do Lado C, por exemplo. E ontem, quando a Maíra resolveu dar uma de melhor amiga depois do choro e ela disse, assim, do nada, que a Maíra já via o programa antes e obviamente ia se aproximar de quem era popular aqui fora. E é por isso que a Fran é tão ídola, porque ninguém mais ia falar isso.

Mas, tirando esses momentos geniais, a Fran geralmente não consegue expressar direito tudo o que tinha que dizer.

O que eu estou tentando dizer é que a Fran escorregou. Ela tinha razões para ficar irritada com o Max, tanto ontem quanto anteontem, quando ele ficou sendo todo babaca com os bolhas em vez de prestar atenção direito nos problemas dela. Mas ela se estressou pelas razões erradas. E de repente eu me vejo do lado dela no começo da discussão, mas ela se perde tão totalmente, e o Max pensa tão mais claro e fala as coisas certas, e, no fim da discussão, eu acabo concordando com ele.

Eu acho, também, que os bolhas têm uma parcela de culpa na piora dessa coisa toda, também. Porque eles realmente atrapalharam O TEMPO TODO. Tá certo que o quarto das ovelhas é deles (Posso reclamar disso pela milésima vez? Eu sei que quartos são quartos, tava sobrando aquele, manda o povo novo pra lá, e eu tô sendo birrenta, também, mas eu tenho um carinho pelo quarto das ovelhas, assim como eu sei que certas pessoas na casa têm também. Vai ser sempre o quarto das ovelhinhas noróticas, das madrugadas mais memoráveis do Lado B, naquela época mágica que um dia já existiu e que não me deixa desistir deles. Eu amo o fato de que eles têm uma ovelha pra cada um. Aí surgem os bolhas para MACULAR aquele espaço, assim como já estão MACULANDO todo o programa. E eu não vou aceitar isso. Não vou.), mas um pouquinho de noção, por favor? Você sabe que o clima tá tenso lá dentro, vc espera. Se não puder esperar, você entra rapidinho, discretamente, faz o que tem que fazer e SAI. Mas não. O cowbolha entrando nas partes CRUCIAIS da conversa e fazendo piada, desviando o Max do foco. E ainda expulsou eles do quarto no momento em que a conversa parecia estar chegando em algum lugar, lançando a Fran no quarto dos espelhos e nas garras da Ana. Não é possível uma pessoa assim como cowbolha, é? Ele consegue ser mais inconveniente que Vanessa Abrams entrando pela janela dos Humphrey. Eu não podia crer, quando ele reaparecia. Me dá aflição, a presença daquele ser. Tem toda essa teoria circulante aí, de que cowbolha teria sido plantado para desestabilizar o Max. Não sei se é verdade, mas, se for, está funcionando, porque nunca vi alguém despertar o lado péssimo do Max tão bem quanto o cowbolha.

E a Maíra, como já era de se esperar, continua sua jornada total de aproximação dos populares da casa. Ela é mais discreta que o André, vai dando uma de compreensiva e boazinha, mas pelamor, né? Ela tentou a vaga de best da Fran primeiro, quando a Fran saiu pra chorar. Mas a Fran tem essa coisa (que eu também tenho) de se apegar ao conhecido e seguro, e rejeitar inicialmente todos os elementos novos. É por isso que ela sempre foi tão agarrada no Lado B, e é provavelmente por isso que ela insistiu no Dejota por tanto tempo. Então a abordagem da Maíra não deu certo com ela, e a Maíra tá aí, querendo se integrar com os meninos, e parece que está adiantando (mesmo pq mulher é BEM mais desconfiada com outras mulheres do que homem).

Nem falo nada sobre a Ana. Quando uma pessoa diz que está apaixonada, a ÚLTIMA coisa a se perguntar é "E o Dejota?", pelamor. Que coisa mais medonha ever. E nem é a primeira vez que ela tenta sabotar o casal (E AINDA TEM GENTE QUE ACHA QUE ELA É A INGÊNUA DA CASA), pra a gente achar que é acidental. Acho incrível como ela fala com tanta certeza que é impossível se apaixonar no Big Brother. Porque ok, né? Encontro de 4 dias, isso é que é true love ¬¬

Não, eu não acho certo que a Fran tenha sido tão irredutível a ponto de nem tentar entender o que diziam pra ela (o fato de que ela entendeu errado metade da conversa meio que não ajudou, também), fechada no que ela achava e batendo o pé.

Não, eu não acho certo que os meninos tenham saído pela casa criticando a Fran pra todo mundo. Eu sei que ela tava errada, mas a questão é entre eles e só entre eles, e não tinha que abrir isso pra todo mundo. Não sei como vão mostrar isso na edição (nem SE vão mostrar, né? O boicote tem sido tão absurdo...). Não estou dizendo que eles são malvados terríveis queimando a pobre mocinha, porque eles estavam irritados, tinham razões para estar, porque a Fran é uma total cabeça dura, e estavam expressando a irritação deles. Whatever. Quem nunca saiu xingando as pessoas de que mais gosta por aí, depois de uma briga? Eu só acho isso mesmo. Que eles não precisavam sair falando da Fran para a casa inteira. E que a parte de debochar não foi exatamente legal.

Mas eles são humanos. A gente não pode ficar aqui esperando que eles sejam todos nobres e heróicos feito personagens de ficção (sem falar que personagem de ficção que nunca comete erros fica bidimensional e péssimo). É a vida deles, after all. Ninguém quer perder a discussão, admitir que está errado ou se envolver sem garantias para se machucar no fim.

Enfim... Não vou tomar lado nenhum. Eu torço para que fique tudo bem. Pelo bem dos 3, mas principalmente da Fran, porque eu estou ficando preocupada com ela e eu sei que, por mais que ela afirme que vai seguir sozinha daqui pra frente, ela é a Fran e eu não imagino que ela vá conseguir isso.

E estou sinceramente tentando não ser otimista, porque otimismo sempre ferra com tudo, pra mim.